O que a ecologia estuda?
A preocupação da ecologia está em compreender as relações
dos organismos ou grupos de organismos, inclusive os humanos, com o seu
ambiente. Como uma ciência estuda as inter-relações, entre os seres vivos e o
meio ambiente; ou seja, estuda a estrutura e o funcionamento da natureza,
considerando a humanidade parte dela.
A interação
Este fenômeno dá-se por meio de um processo natural que ocorre no
ambiente físico envolvendo energia e matéria. Nesse processo existe uma espécie
de estrutura formada por ‘níveis’, onde em cada nível existem sistemas
funcionais característicos, peculiares, que podem interagir ou interdepender,
formando desse modo, um todo unificado. Seria como uma rede dinâmica de
eventos. É esse todo unificado o que denominamos como ecossistema.
Ecossistema
O termo ecossistema é empregado para definir a existência das
inter-relações existentes entre o meio biótico e o abiótico. Para a ecologia o
ecossistema é uma unidade funcional básica (um todo), nos quais os elementos
bióticos, e abióticos interagem entre si, de maneira equilibrada e harmônica.
A existência de um ecossistema depende de luz solar, água e
ar, que são exemplos de fatores abióticos. Já os elementos bióticos são os
organismos produtores, consumidores e decompositores. As comunidades bióticas e
abióticas são complementares para a existência do equilíbrio da vida na terra.
O equilíbrio do ecossistema
Nesta rede dinâmica de inter-relações há uma tendência para o
estado de equilíbrio denominado htivos demonstram a capacidade de adaptar-se
buscando manter seu organismo em equilíbrio em relação às variações ambientais.
Ativam processos de autocontrole e de auto-regulação, que entram em ação quando
há qualquer mudança, que ameace o comportamento do ecossistema. Para garantir o
equilíbrio, o sistema de realimentação, aciona os processos homeostáticos.
Os componentes do ecossistema:
a)Substâncias inorgânicas (C,
N, CO2, H2O,
etc) estão envolvidas nos ciclos
de materiais;
b)Compostos orgânicos (proteínas,
hidratos de carbono, lipídios, etc) são
eles que ligam o biótico e o abiótico;
c) Regime
climático (temperatura e
outros a fatores físicos);
d) Produtores: são os organismos autotróficos, em
grande parte plantas verdes,
capazes de elaborar alimentos a partir de substâncias inorgânicas simples;
e)Macroconsumidores: são
organismos heterotróficos, principalmente animais,
que se alimentam de outros organismos ou matéria orgânica em partículas;
f)Microconsumidores: são
os organismos decompositores, sobretudo bactérias
e fungos. Absorvem alguns dos produtos da decomposição e liberam nutrientes
inorgânicos. São utilizados pelos produtores e pelas substâncias orgânicas já
que eles podem proporcionar fontes de energia para outros componentes bióticos
do sistema.
O processo homeostático ocorre de maneira eficiente quando
há modificações naturais não muito profundas nem demoradas, já as modificações
artificiais impostas pelas atividades humanas, por serem muitas vezes violentas
e continuadas, não permitem que este processo absorva tais mudanças.
Temática: Ecossistemas brasileiros:
Os
principais ecossistemas brasileiros são: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga,
Pantanal, Cerrado, Costeiros ou Litorâneos e os Campos Sulinos.
Amazônia
A Amazônia é considerada a maior floresta tropical do mundo. A sua
área é igual à soma de 35% das áreas florestais de todo o planeta. Sua área
abrange nove países da América do Sul que são: o Brasil, o Suriname, a Guiana
Francesa, a Venezuela, Colômbia, a Bolívia, o Equador e o Peru.
A área de ocorrência desse ecossistema se encontra entre os
trópicos de câncer e o trópico de capricórnio, que é atravessado pelo do
equador. Nas áreas próximas do trópico do equador, as florestas são mais densas
(fechadas), já as áreas mais afastadas recebem menor quantidade de calor e
chuva e por isso sua vegetação não é tão exuberante.
Como ecossistema, a Amazônia possui o maior banco genético
em biodiversidade do planeta. Quanto aos recursos hídricos nela estão contidos
1/5 da disponibilidade mundial de água doce, além de possuir recursos minerais
ainda não contabilizados em sua totalidade. Os estados brasileiros onde se
encontram os ecossistemas amazônicos são os estados da região norte – Amazonas,
Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos estados da
região centro-oeste: do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
Na floresta há uma grande variedade de ecossistemas, dentre
os quais se destacam: matas de terra firme, florestas inundadas, várzeas,
igapós, campos abertos e cerrados. Porém a maior parte da Amazônia possui uma
formação vegetal latifoliada, ou seja, folhas largas e possui as seguintes
características.
- Perene: permanentemente verde nunca perde
as folhas.
- Heterogênea: constituída de várias espécies.
- Densa: fechada.
- Higrófila: várias espécies vivem em ambientes
úmidos.
Como é um ecossistema que mantêm seu ciclo permanentemente
equilibrado a partir de seus próprios nutrientes, a Amazônia é considerada um
ecossistema auto-sustentável.
Principais impactos ambientais
São apontados como principais impactos ambientais, as atividades
provocadas pela ação humana na Amazônia, como as queimadas que são realizadas
para a criação de pastos, os desmatamentos ilegais muitas vezes promovidos por
madeireiros; a mineração irregular e o crescimento demográfico. O desmatamento
é considerado o principal responsável pelo avanço e pela destruição desse
ecossistema. Ele é promovido pela retirada de madeiras ou por queimadas. Essas
áreas são cobiçadas principalmente para os grandes projetos agropecuários e
mineradores. Os estados do Amazonas, do Pará e Roraima, por exemplo, deparam-se
com os efeitos maléficos provocados pelo garimpo de ouro, pela forma de
retirada da exploração dos recursos minerais, comprometendo o solo, poluindo os
recursos hídricos e assoreando os rios.
Quanto ao impacto produzido pelo aumento da população ou
crescimento demográfico, a principal causa apontada é a migração interna. Isto
porque esse tipo de impacto implica na necessidade de produzir uma quantidade
maior de alimentos, o que induz ao aumento da área agrícola e a consequência
disso, ocasionando o desaparecimento da vegetação típica da região.
Mata
Atlântica
Esse ecossistema originalmente estendia-se da faixa litorânea do
Rio Grande Norte ao Rio Grande do Sul. A Mata Atlântica é apontada pelos
estudiosos como o ecossistema que sofreu maior devastação com a
industrialização e urbanização no Brasil. Estudos recentes demonstraram que
mais de 90% desta área foi totalmente devastada restando menos de 10% da área
original, por isso ela está na lista dos cinco ecossistemas do planeta
apontados como ameaçados de extinção.
Existem na Mata Atlântica, diversos ecossistemas com
estruturas e composições florísticas diferenciadas. Isto ocorre em função não
só da existência de solos diferentes, como também pela influência das
características climáticas e dos tipos de relevos. A Mata Atlântica apresenta
semelhanças com os ecossistemas amazônicos, quanto a sua formação vegetal
latifoliada e suas as características em ser perene, heterogênea, densa,
higrófila.
Principais impactos ambientais
Os principais impactos ambientais históricos desse ecossistema
são: a ocupação da faixa litorânea do território brasileiro para a agricultura
e a criação de cidades. Esses dois fatores contribuíram para a destruição da
mata original e os impactos ambientais decorrentes dessa situação são
atualmente muito visíveis como a erosão e a contaminação dos solos, a poluição
das águas fluviais, o assoreamento do leito dos rios, a poluição do ar. O
processo de industrialização e o crescimento urbano desordenado, tanto no
Nordeste como no Sudeste, agravaram a degradação do ecossistema.
Caatinga
O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata
branca. Esta área ocupa 11% do território brasileiro e representa 6,93% do
território nacional. Considerado o principal ecossistema existente na Região
Nordeste, predomina no Sertão e engloba mais de 70% dessa região estendendo-se
pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
O clima da caatinga é
semiárido. A ocorrência de poucas chuvas é responsável por período de secas,
que trazem consequências para alguns rios que se tornam intermitentes –
temporários -, como também para o tipo de vegetação - sem folhas. É uma área
com o menor índice pluviométrico. Nos curtos períodos das chuvas as folhagens
das plantas voltam a brotar. Entretanto a Caatinga apresenta uma grande
variedade de paisagens, com uma riqueza endêmica e biológica. Devido ao seu
clima tropical e semiárido, a Caatinga sofre pela ausência de água e sua
vegetação possui características xerofíticas. Existe também uma grande
quantidade de plantas espinhosas, entremeadas de outras espécies como as
bromeliáceas e as cactáceas.
O tipo de vegetação
da Caatinga enquadra-se nas formações arbustivas; ou seja, pequenas árvores e
arbustos de pequeno e médio porte de forma espaçada com a presença de
cactáceas.
A vegetação desse
ecossistema adaptou-se à escassez de água, por isso perdem as folhas e como
consequência há uma diminuição da evaporação. Outra característica adaptativa
dessa vegetação são suas raízes ramificadas e profundas que buscam a água no
período das chuvas. Já os solos são áridos, e pedregosos.
Principais
impactos ambientais
Os principais impactos
ambientais sofridos pela Caatinga são decorrentes da extração de madeira, da
monocultura da cana-de-açúcar e da pecuária. Historicamente a origem desses
impactos está nas atividades promovidas pelos grandes proprietários de terra
que promoveram a exploração econômica do Sertão nordestino.
Esses grandes
latifundiários são responsabilizados pela degradação dessa área, pois suas
atividades contribuem para o desmatamento da vegetação original; serve-se do
monopólio do uso dos açudes para conseguirem irrigar suas terras, especialmente
com as águas do Rio São Francisco, não obedecendo às regras de proteção ao meio
ambiente. Os impactos devastadores dessas intervenções é o surgimento da
salinização do solo e do assoreamento dos reservatórios, provocando dessa forma
um acelerado processo de desertificação dessa região.
Para o ecossistema, o
desmatamento e as queimadas - práticas ainda comuns no preparo da terra para a
agropecuária -, além de destruir a cobertura vegetal, prejudicam a existência
de populações da fauna silvestre, da qualidade da água, do equilíbrio climático
e a ‘saúde’ do solo.
Pantanal
Esse ecossistema está localizado na região Centro-Oeste, ocupando
áreas do estado do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
A região do Pantanal apresenta uma diversidade de
ecossistemas aquáticos e semi-aquáticos. Ali se encontra uma reunião total das
espécies de quase todos os ecossistemas do território brasileiro (cerrados,
florestas, caatinga). No Pantanal, seus ecossistemas estão cobertos
predominantemente por vegetações abertas, ou seja, os chamados campos limpos e
campos sujos, os cerrados e os cerradões. Esses tipos são principalmente
determinados por fatores do solo e do clima. A área inundável do Pantanal
representa uma das regiões úmidas mais importantes do continente sul americano.
Há planícies de baixa, de média de e alta inundação e são nesses ambientes, que
ocorrem inundações periodicamente, onde há uma alta produtividade biológica,
uma grande densidade e uma fauna com grande diversidade.
O Fundo Mundial para a Natureza ou WWF (ONG ambientalista,
com sede na Suíça) chama a atenção para a situação, onde 80% da vegetação
original, já não existe e a depredação desse ecossistema compromete uma das
reservas mais importantes de água doce do planeta e o equilíbrio climático,
além do que essa área é responsável pela estabilização do clima no continente.
Principais impactos ambientais
Historicamente as atividades econômicas no Pantanal somente
foram possíveis devido à conquista e o aniquilamento dos índios guatós e
guaicurus promovidas por sertanistas. Foi desse modo que se implantou a
pecuária na planície inundável. Essa atividade se transformou em uma economia
permanente e estável, passando a representar um papel importante no
abastecimento de carne bovina tanto para outros estados brasileiros como para
outros países. Podemos listar como atividades impactantes sobre o ecossistema
do Pantanal: a agropecuária predatória; o garimpo de ouro e diamantes; a caça e
a pesca predatória; a construção de rodovias e hidroelétricas sem qualquer
responsabilidade e consciência ecológica e o turismo irresponsável.
Dentre as consequências da agropecuária predatória, podemos
citar o desmatamento de extensas áreas do planalto e as queimadas. Essas ações
são realizadas para a implantação das lavouras de soja, de arroz, e das
pastagens. As formas de manejo das lavouras, por exemplo, resultaram, dentre
outros fatores, na erosão de solos e no aumento importante da carga de
partículas sedimentáveis dos vários rios existentes nessa região, agravando
também o problema da contaminação desses rios com fertilizantes e biocidas.
O garimpo, por sua vez, foi o responsável pelo assoreamento
e contaminação dos rios e córregos, com mercúrio, comprometendo com isso a
produtividade biológica. Quanto ao processo de crescimento populacional,
enquanto as cidades pantaneiras não apresentaram um significativo número de
crescimento, as cidades do planalto, apresentaram um acelerado padrão do
crescimento urbano. Esse crescimento populacional é apontado como uma das
causas dos impactos ambientais devido à falta de um planejamento para uma
infraestrutura adequada. Assim, com o crescimento acelerado de algumas cidades,
surgem problemas causados por esgotos domésticos ou pelas indústrias que poluem
os cursos d’água da bacia hidrográfica. A urbanização e a industrialização causaram
grandes impactos ambientais no Pantanal, podemos citar, por exemplo, a
construção de hidrovias (Paraguai-Paraná), aeroportos, e rodovias.
O turismo também é uma atividade econômica apontado como um
dos mais importantes fatores dos danos e impactos ambientais, como por exemplo,
a necessidade de construção de estradas. No pantanal o ecoturismo mal
planejado, - aquele que apenas busca lucros, sem responsabilidade social ou
consciência ecológica -, participa como um fator de impacto ambiental de extrema
importante.
Cerrado
Esse ecossistema é considerado o segundo mais extenso do território
brasileiro (o ecossistema amazônico é o primeiro). Ele ocupa as regiões dos
estados do Nordeste, do Centro-Oeste e do Sudeste. As áreas periféricas do
Cerrado ou ecótonos são transições com os biomas Mata Atlântica, Amazônia e a
Caatinga.
O ecossistema do Cerrado originalmente ocupava aproximadamente 25%
do território brasileiro.
A formação vegetal desse ecossistema está associada ao clima
tropical, com períodos - de três a sete meses – com baixa ou nenhuma ocorrência
pluviométrica. A consequência desse comportamento climático é o aparecimento de
uma vegetação adaptada para sobreviver a essas condições. A formação vegetal
desse ecossistema apresenta no estrato superior, árvores de pequeno porte com
forma retorcida e arbustos, que no período seco, perdem suas folhas para evitar
a evaporação; já no estrato inferior há uma vegetação rasteira e rala composta
por gramíneas. Quanto aos tipos de relevo desse ecossistema encontram-se
depressões, planaltos e chapadas sedimentares (Chapada dos Guimarães - Mato
Grosso).
Principais impactos ambientais
Podemos apontar como responsáveis pelos impactos causados pela
intervenção humana no Cerrado, a expansão agropecuária, a agricultura extensiva
da soja, do arroz e do trigo, a mineração depredatória (garimpos), construção
de rodovias e o surgimento de cidades - Brasília e Goiânia. Devido a uma
urbanização mal planejada e sem uma infraestrutura adequada, essas cidades se
tornam importantes para a contribuição no processo de depredação ambiental e
redução desse ecossistema, que atualmente encontra-se fragmentado em pequenas
manchas distribuídas nos estados brasileiros onde são encontrados.
Impactos ambientais causados pelo deslocamento da fronteira agrícola,
desmatamentos, queimadas, utilização de fertilizantes químicos e agrotóxicos,
resultaram em assoreamento, voçorocas e envenenamento dos ecossistemas,
comprometendo uma das principais reservas de água doce do planeta.
Campos Sulinos
Esse ecossistema é também denominado como “pampa”, expressão de origem
indígena para “região plana”.
Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de
campo, encontrado no extremo sul do território brasileiro no Rio Grande do Sul.
Nas áreas de transição estão os campos do alto da serra, onde há o predomínio
de araucárias e os campos com a fisionomia semelhantes a savana. Quanto à
formação vegetal ela está associada ao clima subtropical, com estações do ano
bem definidas. Há o predomínio de vegetação herbácea (gramíneas). São raras a
ocorrências de árvores e arbustos, que aparecem isoladas. Devido a essa
característica as árvores da vegetação campestre mostram aparente uniformidade,
apresentando nos topos mais planos uma espécie de tapete herbáceo baixo e ralo.
Pobre em espécies, torna-se mais densa e rica nas encostas. A fauna desse
ecossistema apresenta pouca variedade, ocorrendo à presença de pequenos
roedores.
Principais impactos ambientais
Os principais impactos ambientais desse ecossistema estão diretamente
ligados à agropecuária, as queimadas e a desertificação. As atividades
econômicas desenvolvidas nessa área como as culturas de arroz, milho, trigo e
soja, às vezes associadas à criação de gado bovino e ovino, contribuem para a
gradativa diminuição da fertilidade dos solos. Demonstrando que as técnicas de
manejo adotadas são inadequadas as condições desses campos. Outro resultado
impactante dessas condições é a ocorrência da erosão, da compactação e da perda
de matéria orgânica.
Costeiros ou litorâneos
A costa litorânea do território brasileiro possui aproximadamente
8 mil quilômetros. Os ecossistemas que aparecem nessa área possuem duas
formações vegetais: os manguezais e a vegetação das dunas e praias. Nas zonas
de transição entre o rio e o mar encontram-se os estuários, área importante
para a reprodução das espécies de peixes, crustáceos, dentre outros.
Manguezais
Esse ecossistema apresenta características interessantes, por
exemplo, não apresentam uma vegetação variada, mas nele encontra-se uma grande
quantidade de matéria orgânica, o que favorece a presença de peixes, crustáceos
e aves.
Devido a sua localização – ponto de encontro entre águas de rios e
do mar, o solo é salino e possui vegetais higrófilos e halófilos. A vegetação
típica do mangue é denominada pneumatóforo e apresentam raízes aéreas, pois
dessa forma absorvem o ar atmosférico.
Os mangues são classificados a partir das características
das espécies vegetais predominantes nele, que são: o mangue-vermelho (Rizophora
mangue); o mangue-preto (Aricenia schaueriana); e o mangue-branco (La-guncularia
rarenosa).
Vegetação de dunas e praias: restinga
A vegetação encontrada nesse ecossistema é do tipo herbácea
(capim-da praia, salsa da praia, e capim-da-areia), e arbustivas – árvores
encontra-das espaçadas de baixo porte. Os areais costeiros são ecossistemas de
transição entre o ambiente marinho e o terrestre, funcionam como uma barreira
natural ou ecológica contra a influência do mar sobre os ecossistemas do
interior do continente. São importantes para a preservação da salinidade e da
qualidade das águas, fundamentais para a vida e consequentemente o equilíbrio
desses ecossistemas.
Os costões rochosos são outras ocorrências características
dos ecossistemas costeiros brasileiro. Eles são afloramentos de rochas
localizados na linha do mar, estando sujeitos à ação das marés, das correntes
marinhas e dos ventos e por esse motivo apresentam diferentes configurações.
Esses costões rochosos são considerados uma extensão do
ambiente marinho, pois a maioria dos organismos que ali habitam, estão mais
relacionados ao ambiente marítimo do que o ambiente terrestre. Nos ecossistemas
costões rochosos, encontra-se uma complexa e rica comunidade biológica. Seu
substrato rígido permite a fixação de larvas de diferentes espécies de
invertebrados.
Principais impactos ambientais
Os ecossistemas costeiros estão altamente devastados,
principalmente pelas intervenções das atividades humanas.
Para se ter uma ideia do tamanho do impacto causado pelas
ações humanas, imagine que metade da população brasileira – aproximadamente 70
milhões de pessoas - está fixada em uma faixa aproximada a duzentos quilômetros
do mar, em locais em que muitas vezes, não existe uma infraestrutura urbana
adequada. Devido a essa situação há uma carência de serviços urbanos básicos –
esgoto, saneamento, etc., responsáveis pela contaminação desse ecossistema
brasileiro.
Além das questões da infraestrutura urbana há também fatores
gerados pelas grandes cidades litorâneas, que possuem complexos industriais que
atuam nas áreas petroquímicas, químicas e de celulose, que sem dúvida são
responsáveis pelo grande impacto causado no meio ambiente que cerca essas
regiões. Como podemos observar a zona costeira apresenta situações que
necessitam de medidas urgentes de ações preventivas e corretivas, que exigem um
planejamento, gestão responsável e consciência ecológica na exploração do seu
potencial econômico, pois somente desse modo é possível atingir os padrões de
sustentabilidade para estes ecossistemas.
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