Temática: Diferenciação
Nos seres humanos, os
folhetos embrionários (ectoderme, mesoderme e endoderme) começam a se
diferenciar, e originam os primórdios da maior parte dos órgãos e sistemas do
corpo a partir da quarta semana de desenvolvimento.
Lembrando que o mesoderma
intraembrionário, formado ainda durante a gastrulação, se subdivide
progressivamente em 3 populações celulares estruturalmente distintas. A região
do mesoderma na porção mais medial forma um par de condensações cilíndricas,
uma de cada lado da notocorda e passa a se denominar mesoderma paraxial,
futuro local de formação dos somitos. A região imediatamente lateral ao
mesoderma paraxial se transforma no mesoderma intermediário, que originará
o sistema urinário e partes do aparelho genital.
Finalmente o mesoderma mais
lateral permanece inicialmente como uma camada achatada de células e se
denomina mesoderma lateral (ou mesoderma da placa lateral).
Em torno do décimo sétimo
dia de desenvolvimento, o mesoderma lateral se divide em duas
camadas: Uma camada ventral de mesoderma esplâncnico, associado ao
endoderma e uma camada dorsal de mesoderma somático, os quais formarão os
revestimentos das vísceras e das cavidades do corpo. O espaço gerado pela
separação destas duas camadas formara o celoma intraembrionário, precursor
da cavidade pericardio-peritoneal (fig. 1).
A partir da quarta semana de
desenvolvimento, inicia-se um processo de dobramento do embrião que resulta no
aparecimento da forma corporal característica dos vertebrados (fig. 1).
Juntamente com a placa neural, ossomitos são as estruturas mais
proeminentes do embrião neste período, eles derivam diretamente do mesoderma
paraxial.
Fig. 1 – Embrião com cerca de 4 semanas sofrendo curvatura e tomando a forma de um “C”. |
Os somitos são condensações
em forma de blocos do mesoderma paraxial que se formam de cada lado da
notocorda. Durante o breve período que compreende a quarta semana de
desenvolvimento, o disco embrionário passa por um complexo processo de
dobramento que o converte em uma estrutura tridimensional com as
características morfológicas básicas de um vertebrado (fig. 1).
A principal força responsável
pelo dobramento embrionário é o crescimento diferencial das diversas regiões do
embrião.
Durante essa semana, os
somitos diferenciam-se em três regiões, ou seja, cada somito será constituído
por três camadas: esclerótomo, miótomo e dermátomo, que
originarão respectivamente, a cartilagem e osso, o músculo e a derme, (fig. 2).
Nesse período ocorre o
dobramento lateral e longitudinal do embrião, levando à formação de pregas
laterais que constringem o saco vitelino. A parte do saco vitelino que fica
dentro do embrião torna-se o intestino primitivo e o endoderma que o reveste
origina parte do epitélio e das glândulas do trato digestivo
(fig. 3).
A prega caudal dobra-se em
direção à face ventral do embrião. Com o dobramento da prega caudal, parte do
saco vitelino incorpora-se ao embrião, que constituirá o intestino posterior. A
porção terminal do intestino posterior dilata-se formando a cloaca. O pedículo
do embrião prende-se a superfície ventral do embrião e a alantóide é
parcialmente incorporada pelo embrião. A porção intra-embrionária da alantóide
vai do umbigo à bexiga.
Com o crescimento da bexiga,
a alantóide involui, e torna-se um tubo espesso, que depois do nascimento
transforma-se em um cordão fibroso, denominado ligamento umbilical mediano.
Conforme as pregas
laterais migram em sentido ventral ao mesmo tempo com as pregas cefálicas
e caudais do dobramento longitudinal, o saco amniótico expande-se
progressivamente e aumenta consideravelmente sua área até envolver todo o
embrião. Quando os dobramentos embrionários cessam, o embrião está revestido
por ectoderma cutâneo, que formará a epiderme da pele.
Com a fusão das pregas
laterais, o celoma intra-embrionário fica interno ao corpo do embrião formando
as cavidades pericárdica, pleural e peritoneal.
Na porção caudal do saco
vitelino forma-se uma expansão tubular para dentro do embrião, o alantóide,
importante na formação de vasos umbilicais.
O dobramento longitudinal
forma a prega cefálica e a prega caudal, e assim o embrião vai tomando a forma
de uma letra "C". Por meio da migração da prega cefálica ocorre o
deslocamento no sentido ventral de uma porção da mesoderme localizada
anteriormente à membrana bucofaríngea chamada de área cardiogênica, que se
diferenciará em septo transverso, coração primitivo e celoma pericárdico. Essas
estruturas juntamente com a membrana bucofaríngea tornam-se parte da face
ventral do embrião.
A prega caudal dobra-se em
direção à face ventral do embrião. Com o dobramento da prega caudal, parte do
saco vitelino incorpora-se ao embrião, constituindo o intestino posterior. A
porção terminal do intestino posterior dilata-se formando a cloaca.
Conforme as pregas laterais
migram em sentido ventral ao mesmo tempo com as pregas cefálicas e caudais do
dobramento longitudinal, o saco amniótico expande-se progressivamente e aumenta
consideravelmente sua área até envolver todo o embrião.
Quando os dobramentos
embrionários cessam, o embrião está revestido por ectoderma cutâneo, que
formará a epiderme da pele. Por esse motivo o cordão umbilical tem revestimento
epitelial.
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