Temática: Mamíferos – Origem, Evolução e Classificação
A linhagem evolutiva dos mamíferos, desde seus primeiros ancestrais
amniotas, é a trajetória mais bem documentada dos vertebrados. Os mamíferos
surgiram de uma linhagem que teve início nos répteis sinapsídeos, na Era
Mesozoica, e expandiram-se para quase todos os nichos e habitats disponíveis
sobre a terra. O número atualmente reconhecido das espécies do Período Recente
é de mais de 4000. Vamos passear pela história e saber como os mamíferos
evoluíram ao longo desses 225 milhões de anos.
Informações suficientes são disponíveis para termos certeza de que
algumas populações dos primitivos répteis anapsídeos, tal como Solenodon-saurus
do Carbonífero e do Permiano, além de ter dado origem a todos os répteis
modernos, aos dinossauros e às aves, também produziram os mamíferos. A
estrutura do teto craniano permite-nos identificar três grandes grupos de
amniotas que divergiram durante o Período Carbonífero, na Era Paleozoica:
sinápsideos, anápsideos e diápsidos. O grupo sinápsideos inclui os mamíferos e
seus ancestrais e apresenta um par de aberturas laterais no crânio, onde se
prendem os músculos ancestrais. Os diápsidos (répteis, dinossauros e aves)
possuem dois pares de aberturas temporais.
Os primeiros sinápsideos irradiaram-se amplamente, originando diversas
formas herbívoras e carnívoras. De um dos primeiros grupos de sinápside-os
carnívoros surgiram os terápsidos, o único grupo de sinápsideos que
sobreviveu após a Era Paleozoica. Os terapsídeos irradiaram-se originando
diversas formas herbívoras e também carnívoras. Estes animais já possuíam um
esqueleto e dentição característica dos mamíferos e desenvolveram a endotermia.
Um dos grupos de terapsídeos que sobreviveu a esta extinção diversificou-se no
início do Triássico e, até ao final deste período, vai dar origem aos
verdadeiros mamíferos. Todas essas irradiações que ocorreram só foram
possíveis devido à extinção dos dinossauros e outros grupos animais no fim do
Cretáceo, quando grande parte dos nichos ecológicos ficou desocupada. Assim, os
mamíferos puderam ocupar esses nichos diversificando-se e dando origem à
maioria das linhagens modernas.
Classificação
A classe Mammalia inclui 21 ordens, uma delas contendo os monotremados,
outra os marsupiais e as demais 19 constituídas por placentários. Uma
classificação cladística dos mamíferos mantém os três agrupamentos amplamente
reconhecidos: os Prototheria (os monotremados ovíparos), os Methateria (os
marsupiais) e os Eutheria (os mamíferos placentários).
Sublcasse Prototheria
·
Infraclasse Ornithodelphia
– Ordem Monotremata (6 espécies)
Subclasse Theria
·
Infraclasse Metatheria
– Ordem Marsupialia (242 espécies)
·
Infraclasse Eutheria (3790 espécies)
A Infraclasse Eutheria atualmente é chamada Placentalia.
Os Prototheria põem ovos do tipo réptil, tais
indivíduos, dotados de pelos e glândulas mamárias, botam ovos, ou seja: são
ovíparos. Entretanto, diferentemente do que ocorre nos répteis e aves, o ovo
permanece por certo tempo dentro do corpo da mãe, de onde retira e recebe
nutrientes.
No final do Cretáceo, ambas as linhas, marsupiais e os placentários,
tornaram-se comuns.
Temática: Mamíferos – Características Gerais
Os mamíferos possuem muitas características estruturais e adaptativas
que os distinguem prontamente de outros vertebrados existentes, sendo eles, os
mais evoluídos e com ampla distribuição geográfica. Vamos agora estudar
as características gerais dessa classe.
Pele
A pele dos mamíferos e suas especificações distinguem-nos como um
grupo. É mais espessa do que a dos demais vertebrados e apresenta pelos,
que no seu conjunto formam uma pelagem. Algumas espécies trocam esta pelagem
periodicamente e outras apresentam escassos pelos, como o homem. Os pelos têm
função protetora, termoisoladora e termorreguladora. O tegumento dos
mamíferos é uma característica única do grupo e responsável também pelo tamanho
sucesso da classe. Por isso, vamos estudá-lo detalhadamente em uma outra aula.
Sistema Esquelético e Muscular
A maior parte do esqueleto é óssea com cartilagem nas articulações e em
partes das costelas. O crânio dos mamíferos é relativamente grande para
acomodar o encéfalo, proporcionalmente, aumentado. A coluna vertebral é
dividida em cinco regiões bem definidas: cervical, torácica, lombar, sacral e
caudal. A boca possui dentes, em ambas as maxilas, que podem ser divididos em
quatro grupos: incisivos, molares, pré-molares e caninos. O tipo de dentição
varia de acordo com o regime alimentar de cada espécie.
O ouvido possui agora três ossículos.
Os mamíferos possuem quatro membros, com exceção dos cetáceos que não
possuem os membros posteriores. Apresentam também cinco (ou menos) dedos
adaptados com unhas, garras e cascos.
A posição que os membros ocupam em relação ao tronco assegura um suporte
mecânico melhor, maior comprimento do passo e maior velocida-de. Padrões de
locomoção mais complexos estão associados a sistemas muscular, sensorial e
nervoso igualmente complexos.
Sistema Circulatório
O coração é completamente dividido em quatro câmaras (duas aurículas e
dois ventrículos distintos). A aorta única curva-se para o lado esquerdo.
Possuem glóbulos vermelhos anucleados em forma e discos bicôncavos. Os
mamíferos são endotérmicos e homeotérmicos. A homeotermia é assegurada também
pela eficiência do sistema circulatório. Os lábios móveis estão presentes
em quase todos os grupos, exceto nos monotremados e nos cetáceos. Todos os
mamíferos possuem glândulas orais (produtoras de muco), que são mais
desenvolvidas nas formas terrestres. A língua, com numerosas papilas, também
está presente e é muito bem desenvolvida (exceto nas baleias).
O esôfago é facilmente distinguível do estômago e não possui glândulas.
O estômago dos mamíferos apresenta uma grande variedade de formas e padrões
(desde sacos relativamente simples até estruturas compostas por câmaras cada
uma delas podendo desempenhar diferentes funções) que se relacionam com os
hábitos alimentares. Nos ruminantes o estômago tem quatro compartimentos.
O intestino é fino e enrolado. Variação em comprimento do intestino de acordo
com o hábito alimentar. Possuem fígado, pâncreas, intestino grosso, reto e
ânus.
Sistema Respiratório
Respiração exclusivamente pulmonar. Os pulmões constituídos por alvéolos
oferecem grande superfície para as trocas gasosas. Os movimentos respiratórios
são produzidos pela contração e relaxamento do diafragma – músculo achatado –
que separa o tórax do abdômen e dos músculos intercostais – que unem as
costelas. A ação conjunta desses músculos aumenta a eficiência da ventilação
pulmonar.
A laringe possui cordas vocais (exceto nas girafas). Os mamíferos
produzem sons para expressar emoções e se comunicarem trocando informações
entre indivíduos.
Sistema Excretor
Os mamíferos possuem dois rins metanefros, com ureteres desembocando
diretamente na bexiga urinária. Como os anfíbios e diferentemente dos répteis e
aves, os mamíferos excretam principalmente ureia, que pelo seu grau de toxidez
requer um volume de água considerável para ser eliminada. Porém, os túbulos
renais estão adaptados a reabsorver quase 99% dessa água, de modo a produzir
uma urina osmoticamente mais concentrada que o sangue.
Sistema Nervoso
Possuem 12 pares de nervos cranianos como os demais amniotas. O encéfalo
altamente desenvolvido. Da medula sai um par de nervos espinais para cada
somito do corpo. O hipotálamo controla muitas funções dos mamíferos como
a pressão sanguínea, o sono, o conteúdo de água, o metabolismo de gorduras e
carboi-dratos, a temperatura do corpo e, possivelmente, as atividades rítmicas,
tais como a muda, migração e secreção hipofisária.
Sistema Reprodutor
Os sexos são separados, com dimorfismo sexual, fecundação interna e
desenvolvimento direto. Os machos possuem dois testículos localizados na
parte bem posterior do corpo ou fora da cavidade do corpo (numa bolsa chamada
escroto) e um único pênis. As fêmeas possuem dois ovários, ovidutos pares,
vagina e útero. As membranas embrionárias âmnion, córion e alantoína estão
presentes. Geralmente há uma placenta que fixa o embrião ao útero para
nutrição, trocas gasosas e retirada de excretos. Os filhotes são
alimentados com leite materno secretado pelas glândulas mamárias da fêmea.
Considerando algumas peculiaridades dom processo reprodutivo, podemos
subdividir a classe dos mamíferos em:
·
Monotremados: Apresentam cloaca.
São ovíparos e chocam seus ovos. Suas glândulas mamárias não
apresentam mamilos e os filhotes lambem os tufos de pelos molhados pelo leite.
Ex.: ornitorrinco.
·
Marsupiais: Apresentam útero e placenta mal
desenvolvidos que impedem a permanência do embrião por muito tempo dentro do
corpo. Os filhotes abandonam-no prematuramente, passando para o interior de uma
bolsa de pele que cobre os mamilos, chamada marsúpio. Dentro do marsúpio os
filhotes continuam seu desenvolvimento. Ex.: canguru
·
Placentários: A maioria dos
mamíferos tem útero bem desenvolvido onde os fetos se desenvolvem.
Há uma conexão íntima entre a mãe e o filhote que se dá através da placenta. É
através dela que o embrião é nutrido. Ex.: homem
Órgãos dos Sentidos
O olfato é muito bem desenvolvido em mamíferos. Os olhos dos
mamíferos são basicamente iguais aos dos outros vertebrados, mas apresentam
mais bastonetes para a visão noturna e mais cones para a diurna. O ouvido
apresenta vários avanços sobre o dos demais vertebrados. O ouvido médio contém
três ossículos - martelo (articula), bigorna (quadrado) e estribo (columela) -
que transmitem vibrações da membrana timpânica ao ouvido interno. A cóclea,
reta nos répteis e nas aves, é enrolada nos mamíferos para acomodar seu aumento
em comprimento. Existe um canal auditivo externo que auxilia a passagem do som
para o canal auditivo.
Temática: Mamíferos – Tegumento Mamaliano
O tegumento dos mamíferos desempenha diversas funções, todas derivadas
de uma função básica: reduzir a perda de calor metabólico. Além dos pelos, é
constituído por outros anexos epidérmicos. O sucesso evolutivo do grupo
deve-se muito ao tegumento que ele apresenta. Por isso, nessa aula vamos
estudar detalhadamente como ele está estruturado e como desempenha tão bem as
suas funções.
Estrutura Tegumentar
O tegumento dos mamíferos é constituído por epiderme, derme e
hipoderme. A epiderme é a camada superficial que deriva da ectoderme. Ele
não possui vasos e suas células se nutrem da derme. A célula principal é o
queratinócito, que produz a queratina. A queratina é uma proteína resistente e
impermeável responsável pela proteção.
A epiderme é constituída de várias camadas. A camada basal é a mais
profunda e que fica em contato com a derme. Ela é a responsável pela
multiplicação celular. As outras camadas são constituídas de células cada vez
mais diferenciadas e com o crescimento basal vão ficando cada vez mais
periféricas, acabando por descamar e cair. A estrutura da epiderme varia
de acordo com a espécie. Nos cetáceos ele é mole e nos elefantes, dura e
enrugada.
A derme é o tecido que sustenta a epiderme. É constituído por fibrilhas
de colágeno e elastina com numerosos fibrócitos que fabricam essas proteínas e
sustentam o tecido. A derme possui inúmeros vasos sanguíneos e linfáticos que
vascularizam a epiderme e também os nervos e os órgãos sensoriais a eles
associados.A derme possui a maior parte dos órgãos associados à temperatura,
pressão e dor. A hipoderme é a camada constituída por tecido adiposo que
protege contra o frio. É um tecido que faz conexão entre a derme, músculos e
ossos. Esse tecido é particularmente desenvolvido nos animais de clima frio,
como os ursos as baleias. Neses últimos, a hipoderme também é responsável por
diminuir a densidade do corpo, facilitando a flutuação. Derivados do tegumento
Pelo
O pelo é uma estrutura ectodérmica originada da camada da epiderme. A
principal função do pelo é conservar o calor do corpo (desempenham a mesma
função das penas nas aves). Os mamíferos que habitam regiões frias apresentam
uma camada de pelos mais espessa do que os de climas quentes. Uma
característica interessante dos pelos é a de que crescem, sendo
substituídos. Os pelos, em geral, são coloridos e móveis. Um pelo cresce
numa invaginação epidérmica profunda (nas aves é dérmico), chamada folículo. É
composto por queratina, pigmentos e bolhas de ar. A cor do pelo depende da
quantidade de melanina que lhe é injetada ao formar-se pelos melanócitos na
base do folículo e também no local do pelo. Uma outra função dos pelos é
de proteção. Os pelos podem ser mantidos eretos por um músculo na base do pelo
chamado, erector pili. Em situações de perigo e ataque ocorre a ereção da
pelagem. O frio também estimula o músculo a contrair-se aumentando a ereção.
Glândulas
A pele dos mamíferos apresenta muitas glândulas. As glândulas
mamárias são exclusivas dos mamíferos, cujo nome deriva de sua presença. A
posição das glândulas varia de acordo coma espécie. Podem ser peitorais,
abdominais ou inguinais. As saídas dessas glândulas são os mamilos. O número de
glândulas mamárias está associado ao número de crias potencial da espécie.
Alguns Marsupiais, por exemplo, têm 20 mamas. O leite é uma solução aquosa de
proteínas que acelera o crescimento. No homem, o conteúdo de albumina é
baixo, e o crescimento é lento, enquanto os filhotes dos porquinhos-da-Índia,
que se alimentam de leite rico em albumina, duplicam seu peso em poucos
dias. As glândulas sebáceas estão associadas aos folículos capilares e
sua secreção serve para lubrificar os pelos e a pele conferindo-lhes propriedades
hidrófobas, evitando o ressecamento. As glândulas sudoríparas têm por
função secretar o suor, cuja função é regular a temperatura do corpo, por
evaporação, contribuindo também com a excreção de sal e urina. Elas estão
amplamente distribuídas na pele do homem, mas isso não ocorre na maioria dos
mamíferos. Não seria vantajoso para animais de pelagem densa possuir muitas
glândulas sudoríparas. Um outro tipo de glândula apresentada pelos mamíferos é
a glândula odorífera. Essas glândulas podem ser usadas para afastar predadores,
para atrair membros da mesma espécie, principalmente, do sexo oposto. Nas
espécies que possuem o sentido do olfato pouco desenvolvido, como as baleias,
as glândulas odoríferas inexistem.
Estruturas Córneas
As estruturas córneas foram desenvolvidas nos mamíferos com função de
locomoção, defesa e ataque. São elas: garras, unhas, cascos e cornos. As unhas
evoluíram depois dos pés e mãos servirem para estas
funções, especula-se inclusive que será um caráter extinto no processo evolutivo.
Os cascos são blocos de queratina, leves, duradouros e resistentes, adaptados à
vida cursorial. Os cornos e armações cefálicos são usados no ataque, defesa e
sinais sexuais. Ocorrem em animais em que a dentição e a boca estão adaptadas à
herbívoria, impedindo que o morder seja usado nas mesmas funções.
Temática: Biologia de Mamíferos:
Alimento e Alimentação
Um modo eficiente de obtenção e processamento de alimento é essencial
para que um endotérmico possa suprir suas amplas necessidades de energia. Os
mamíferos utilizam uma variedade de fontes de alimento. Vamos estudar agora a
íntima relação existente entre a estrutura física dos mamíferos e seus hábitos
alimentares. Os dentes é a característica física que melhor revela o
hábito de vida de um mamífero. Com algumas exceções, como os monotremados,
tamanduás e certas baleias, todos os mamíferos possuem dentes, e suas
modificações estão relacionadas com o tipo de alimentação. Os dentes dos
mamíferos tornaram-se diferenciados a fim de executar determinadas funções como
cortar, triturar e mastigar. A dentição dos mamíferos é denominada heterodonte.
O dente é constituído por um osso especial duro e rígido chamado
cemento. O centro é oco (polpa) e cheio de nervos e vasos sanguíneos que
produzem a dentina. A dentina é mais dura, pesada e resistente do que o
cemento. A coroa envolve o dente e é feita de uma substância muito dura e
resistente à erosão. A parte exposta do dente é envolvida pelo esmalte. O
esmalte é composto essencialmente por cristais de fosfato de cálcio no qual é
acelular e não regenerado.
Os dentes podem ser diferenciados em quatro tipos:
1. Incisivos: com coroas simples e bordas afiadas são utilizados para
cortar e morder.
2. Caninos: com coroas longas e cônicas são especializados em perfurar
3. Pré-molares: com coroas estreitas e uma ou duas cúspides, utilizados
para partir e despedaçar.
4. Molares: com a base larga e arranjo variável de cúspides são usados
para esmagar e triturar.
Em cada mandíbula há: 2-5 incisivos; não mais do que 1 canino; 2-4
pré-molares; 3 molares.
Os mamíferos possuem dois conjuntos de dentes ao longo da vida: a
dentição de leite, que é substituída pela dentição permanente. Os molares nunca
são substituídos e devem durar a vida toda. Os mamíferos usam os dentes
de modo diferente dos demais vertebrados que os usam para capturar, segurar e
coletar alimentos. Dentes anteriores têm a função básica de capturar
(incisivos e caninos) Dentes posteriores têm a função de mastigar
(pré-molares e molares)
Os mamíferos são diversificados quanto às adaptações tróficas e
nutricionais. O aparato trófico dos mamíferos (constituído por: dentes,
maxilas, língua, músculos, canal alimentar e, indiretamente, locomoção e
comportamento social) é adaptado aos seus diferentes hábitos alimentares.
Os mamíferos são divididos em quatro categorias básicas – insetívoros,
herbívoros, carnívoros e onívoros - mas muitas especializações surgiram ao
longo da evolução. Os insetívoros alimentam-se de insetos e pequenos
invertebrados. O intestino dos insetívoros é curto uma vez que a ingestão de
material fibroso é pequena. As toupeiras, tamanduás e morcegos são exemplos de
animais insetívoros. Os herbívoros se alimentam de gramíneas e outros tipos de
vegetais e formam dois grupos: os pastadores junto com os podadores e os
roedores. Os ungulados (mamíferos com casco como os cavalos e veados) fazem
parte do primeiro grupo. Os ratos, coelhos e lebres são exemplos de roedores.
Os mamíferos herbívoros não possuem caninos ou esses estão muito
reduzidos. Já os molares usados para triturar o alimento, são bem
desenvolvidos. Os roedores possuem incisivos cortantes que crescem durante a
vida toda e devem ser desgastados para compensar seu crescimento
contínuo. Dentro do tubo digestivo, os herbívoros possuem bactérias e
protozoários anaeróbicos em grandes câmaras de fermentação que têm por função
quebrar a celulose presente nos vegetais. Algumas espécies possuem uma câmara
de fermentação chamada ceco.
Os ruminantes (bois, veados, girafas, búfalos) possuem estômago com
quatro câmaras para melhor digerir o alimento. Os herbívoros, em geral, possuem
tubo digestivo longo e bem desenvolvido e alimentam continuamente. Esta é uma
necessidade do estômago para manter o seu bom funcionamento.Os mamíferos
carnívoros alimentam-se principalmente de herbívoros. São representados pelas
raposas, gatos e cachorros, por exemplo. Os carnívoros possuem dentes afiados,
perfurantes e membros com garras poderosas para matar suas presas. O tubo
digestivo é mais curto do que o das espécies herbívoras, pois as proteínas são
mais facilmente digeridas. O ceco é pouco desenvolvido ou ausente. Os
carnívoros alimentam-se de forma espaçada.
Os carnívoros são mais ativos do que os herbívoros, pois estão em
constante movimento atrás de suas presas.
Mamíferos onívoros, como os porcos e os humanos, alimentam-se de
espécies vegetais e animais. Os carnívoros também se alimentam de frutos e
gramíneas quando não há outra opção. Muitos mamíferos passam a
maior parte do tempo à procura de alimento. Espécies que vivem nas zonas
temperadas migram ou hibernam quando chega o inverno e a oferta de alimento
diminui. Mas há aquelas espécies que armazenam reservas de alimento durante os
períodos de abundância. Os roedores, como os esquilos, possuem esse hábito.
Eles coletam nozes e as armazenam para utilizar posteriormente durante o
inverno.
Livros para Download:
Mamíferos Ameaçados de Extinção I
Mamíferos Ameaçados de Extinção II
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