Temática: Morfologia Externa e Interna das Flores
Típicas de Angiospermas
A flor é o elemento de reprodução nas plantas
superiores. Chamamos de flor típica a encontrada nas angiospermas (plantas
com sementes, flores e frutos, consideradas as mais abundantes e diversificadas
da atualidade e que dominam o ambiente terrestre).
A flor nas angiospermas é compreendida,
segundo OLIVEIRA (2003), como um ramo de crescimento determinado, provido
quando completo, de dois verticilos férteis (carpelo e estame) e dois
verticilos estéreis (sépalas e pétalas), além de um pedúnculo e do receptáculo
floral.
O nome verticilo floral representa o conjunto de
elementos semelhantes existentes numa flor. Portanto, qualquer um dos
verticilos presentes em uma flor pode ser encontrado sozinho ou não, sendo
atribuída uma nomenclatura específica para o agrupamento de tais
estruturas. Os carpelos são os verticilos férteis femininos da flor, formados
por um ovário na base (onde estão contidos os óvulos); por um prolongamento (o
estilete) e uma porção terminal (o estigma), onde se aderem os grãos de pólen.
O conjunto de carpelos de uma flor forma o GINECEU.
Os estames são formados por um pedúnculo fino,
denominado filete, que sustenta as anteras, onde estão presentes os grãos de
pólen. O conjunto de estames de uma flor constitui o chamado ANDROCEU. As
flores podem apresentar os dois verticilos férteis (carpelo e estame) na mesma
flor ou cada flor apresenta um dos verticilos. No primeiro caso, a flor é
denominada MONÓCLINA ou HERMAFRODITA (situação muito comum e prevalecente
dentro do grupo das angiospermas). No segundo caso, a flor é denominada
DÍCLINA.
Quando uma flor apresenta tanto verticilos férteis
masculinos como femininos, ela também é costumeiramente designada como
PERFEITA, em oposição às flores diclinas, ditas IMPERFEITAS.
Exemplos de flores monóclinas e díclinas encontradas na
natureza é, respectivamente, a tulipa e o mamão. Outros exemplos de
flores monóclinas são as flores do hibisco e da rosa.
Monóclina - Díclina
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Os verticilos estéreis da flor costumam estar presentes
em conjuntos. O conjunto de pétalas de uma flor é denominado COROLA e o
conjunto de sépalas CÁLICE, sendo que o conjunto Cálice + Corola denominamos de
PERIANTO. O cálice e a corola são considerados acessórios, pois não tomam parte
direta na reprodução. Porém também desempenham cada quais funções importantes
na flor. As pétalas têm como principal característica atuar na atração de
agentes polinizadores, isto é, auxiliar na atração de animais que possam
transportar os grãos de pólen da estrutura masculina de uma flor para a
estrutura feminina de outra flor. Por esta razão que pétalas são vivamente
coloridas e chamativas, o que pode também não ocorrer. Por exemplo, a flor de
ylang-ylang, uma interessante planta aromática, possui corola verde, mas em
compensação sua flor exala um odor muito forte.
As sépalas por sua vez podem ser verdes ou coloridas e
envolvem as outras partes florais. Há situações, porém, nas quais as sépalas
tornam-se vivamente coloridas, pelo qual exerce a função de atratividade
desempenhada geralmente pelas pétalas.
É o caso encontrado em uma planta chamado esporinha. Em outros casos na natureza, folhas modificadas denominadas BRÁCTEAS podem atuar na atração de agentes polinizadores. Isso geralmente ocorre quando as flores apresentam periantos muito pequenos e desprovidos de atratividade. Exemplos comuns são encontrados no antúrio, na primavera e na asa-de-papagaio.
É o caso encontrado em uma planta chamado esporinha. Em outros casos na natureza, folhas modificadas denominadas BRÁCTEAS podem atuar na atração de agentes polinizadores. Isso geralmente ocorre quando as flores apresentam periantos muito pequenos e desprovidos de atratividade. Exemplos comuns são encontrados no antúrio, na primavera e na asa-de-papagaio.
Na flor de lírio, bem como em outras plantas do grupo das
monocotiledôneas, o cálice e a corola quase não se distinguem, a não ser pela
situação (o cálice é o invólucro mais externo). Nesse caso, chamamos cada
elemento estéril de TÉPALA, sendo o seu conjunto denominado PERIGÔNIO.
O OVÁRIO DA FLOR
O ovário é a parte basal do carpelo, no interior do qual estão presentes os óvulos. A posição do ovário numa flor pode variar em relação aos outros elementos florais. Quando não há soldadura do ovário com as outras partes florais, chamamos a flor de HIPÓGINA e o ovário de SÚPERO. Quando o ovário é livre, mas há soldadura da base das outras partes florais, formando uma estrutura chamada hipanto, chamamos a flor de PERÍGINA e quando o ovário aparece soldado ao hipanto, chamamos a flor de EPÍGINA e o ovário de ÍNFERO. Esquemas desses três tipos de flores estão mostrados na figura 3.
Um corte transversal do ovário de uma flor evidencia o
número de folhas carpelares que entraram na sua formação.
O interior do ovário é preenchido por uma cavidade denominada LÓCULO. O número de lóculos geralmente está associado ao número de folhas carpelares, pois os septos que dividem a cavidade do ovário se formam no ponto de união dessas folhas. Por exemplo, quando fazemos o corte transversal do ovário de uma flor de lírio, observamos claramente a estrutura trímera da flor, isto é, a presença de três lóculos bastante nítidos. Dentro de cada lóculo encontramos óvulos. O número de óvulos contidos no interior do ovário é bastante variável. Estes ficam presos a uma determinada região da parede do ovário, denominada PLACENTA. Por essa razão, a disposição dos óvulos no interior do ovário pode ser importante na identificação de uma planta. Chamamos essa disposição de PLACENTAÇÃO.
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