Transporte no Floema

Evidências experimentais demonstraram que o floema transporta substâncias importantes para o crescimento das plantas. Marcelo Malpighi (1686) foi o descobridor dessa importante função na planta.
O floema é a ponte que permite a passagem de suprimentos da parte aérea (produtos da fotossíntese) para as raízes. O floema é composto por:
1)    Tubos crivados (TC)
2)    Células companheiras (CC)
3)    Células parenquimáticas (CP)
4)    Fibras e esclereides.

Os Tubos Crivados possuem células vivas, porém são células anucleadas; cada tubo crivado possui uma ou duas células companheiras. As células companheiras, por sua vez, são interligadas por plasmodesmas. Os tubos crivados são supridos de ATP pelas células companheiras.
Vamos lembrar que existem três tipos de células companheiras:
1.    Células companheiras Comuns: possuem cloroplastos com tilacoides e parede celular e estão conectadas às outras células com poucos plasmodesmas.
2.    Células companheiras de Transferência: têm invaginações do lado que está conectada ao Tubo Crivado para facilitar troca de solutos.
3.    Células companheiras Intermediárias: possuem numerosos plasmodesmas, pequenos vacúolos, tilacoides pouco desenvolvidas e ausência de cloroplastos.

Outros componentes também podem aparecer no floema. A Proteína P (sintetizada nas células companheiras com função de selar os poros dos tubos crivados que são danificados) e Calose (sintetizada no tubo crivado em resposta a um dano, início de dormência ou à elevação da temperatura). Quando os tubos crivados se regeneram, a calose desaparece. A função principal é selar o tubo crivado (solução a longo prazo).

Muito do que sabe sobre transporte no floema é graças ao estudo dos afídeos (pulgões e cochonilhas). Esses insetos introduzem o aparelho bucal, chamado rostro, diretamente no tubo crivado.

O que é transportado no Floema?

Nitrogênio, na forma de aminoácidos (glutamato e aspartato) e na forma de aminas (glutamina e asparagina), Proteínas celularesNutrientes minerais,Substâncias sinalizadoras, como os fitormônios e RNA mensageiro, Peptídeos e até pode transportar Partículas virais.

Os nutrientes se acumulam nos órgãos que transpiram mais, como por exemplo, as folhas maduras. Em consequência, os brotos novos e frutos carecem de nutrientes. Inicia-se então a redistribuição de nutrientes através do floema. Esse fenômeno é conhecido como partição.

A partição de nutrientes é feita no sentido da fonte para o dreno.

As fontes são órgãos desenvolvidos que absorvem água e nutrientes pela corrente transpiratória e são autotróficos. Folhas expandidas e órgãos de reserva na fase em que estão exportando nutrientes (período de inverno) são órgãos-fonte. Já os drenos, são órgãos que não fazem fotossíntese, isto é, os tecidos vegetativos em crescimento (ápices), tecidos de armazenamento (raízes e caules) na fase em que estão importando e unidades de reprodução e dispersão (frutos e sementes).

O transporte no floema é feito por dois tipos principais, já conhecidos por nós:
1) Simplasto: feito através de plasmodesmas das células intermediárias;
2) Apoplasto: feito por entre as membranas celulares de células companheiras Comuns ou de Transferência.


Vejamos na figura 1 como ocorrem os dois tipos de transporte de nutrientes no floema.

Figura 1 – transporte no floema. Fonte: PERES, www.ciagri.usp.br, 2005, data de acesso 26/06/2006

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