Evolução e Classificação dos Vertebrados

A compreensão dos princípios e processos evolutivos é essencial para a compreensão da diversidade dos vertebrados, já que esta diversidade é o resultado direto da evolução. Atualmente, existem 54.000 espécies de vertebrados viventes que variam em tamanho desde um grama a mais de 100.000 quilos e vivem em habitats que vão do fundo dos oceanos ao topo das montanhas. Esta diversidade é produto do intrigante e complexo processo evolutivo. Os rumos da evolução dos vertebrados têm sido em grande parte, moldados pela deriva continental - teoria segundo a qual massas continentais têm se deslocado na superfície da Terra. Compreender esta diversidade requer um conhecimento da filogenia dos vertebrados, e também de quando, onde e sob quais condições cada grupo se originou.

 Os primeiros vertebrados apareceram no registro fóssil durante o Paleozoico inferior, período em que os continentes estavam fragmentados. Há cerca de 300 milhões de anos, os continentes eram unidos e formavam um único grande continente chamado Pangeia, o qual começou a fragmentar-se para o norte dando origem aos continentes atuais. Este padrão de fragmentação - coalescência - resultou no isolamento dos grandes grupos de vertebrados em uma base mundial.

 Em escala continental, o avanço e a retração de geleiras durante o Pleistoceno fizeram com que habitats homogêneos se dividissem e fundissem repetidamente, isolando populações de espécies amplamente distribuídas, levando à evolução de novas espécies. Este período extremamente longo de condições climáticas constantes promoveu grande produtividade e favoreceu o surgimento de muitas formas de vida.

 A tabela abaixo nos ajuda a visualizarmos melhor a subdivisão do tempo, desde as origens da Terra (aproximadamente de 4,6 bilhões de anos), até os nossos dias, usando fenômenos geológicos (Deriva Continental, Glaciações, etc.) e biológicos para caracterizar os diferentes intervalos.



Tabela I – Subdivisão do tempo geológico e principais acontecimentos ocorridos


A nomenclatura utilizada para nomear cientificamente as espécies dos seres vivos é a binominal, formalizada por Carolus Linnaeus, um naturalista sueco do século XVIII. Chama-se binominal porque o nome de cada espécie é formado por duas palavras, o nome do gênero e o restritivo específico, normalmente um adjetivo que qualifica o gênero. O nome relativo ao gênero deve ser um substantivo simples ou composto, escrito com inicial maiúscula. O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial minúscula  Classificar os vertebrados é uma tarefa extremamente difícil, pois levam em consideração as relações evolutivas entre as espécies incorporando informações filogenéticas.

Todos os métodos de classificação dos organismos são baseados nas similaridades das espécies e na conservação de caracteres ancestrais que não dão informações necessárias sobre as linhagens evolutivas. A aplicação desses princípios produz grupos zoológicos que podem refletir a história evolutiva tão apuradamente quanto se possa discerni-los e constituir a base para a formulação de hipóteses sobre a evolução.


Como vimos à diversidade dos vertebrados é imensa. Porém, é importante lembrarmos que o homem tem sido o grande responsável pelo declínio na diversidade de vertebrados (e de outras formas de vida). As principais ameaças para a sobrevivência continuada de espécies de vertebrados incluem a destruição de habitats, poluição e caça. Assim, o conhecimento sobre vertebrados é essencial para a conservação da biodiversidade do nosso planeta.

Nenhum comentário :

Postar um comentário