Os gametas são células especializadas destinadas à reprodução
sexuada, formados por meiose em órgãos especializados chamados gônadas. Nos animais, o gameta
masculino recebe o nome de espermatozóide. O
espermatozoide é uma célula flagelada que possui grande mobilidade em meios
líquidos. O gameta feminino é o óvulo,
é uma célula esférica ou oval sem mobilidade própria.
As células que darão
origem aos gametas são chamadas “células
germinativas”, as demais células do corpo são chamadas de células somáticas.
A gônada feminina chama-se ovário e a masculina testículo. Além das células
reprodutoras, os ovários e testículos produzem hormônios sexuais.
Os gametas ou células
germinativas masculinas e femininas são células sexuais altamente
especializadas, e possuem metade do número normal de cromossomos (número
haplóide ou n).
O processo de formação de
gametas é chamado de gametogênese.
Assim, a produção de espermatozóide chama-se espermatogênese e a de óvulos ovulogênese.
Essa
separação entre as células somáticas (que originarão o corpo do indivíduo) e as
células germinativas (que contribuem para a formação de uma nova geração)
constitui, tipicamente, uma das primeiras diferenciações que ocorrem durante o
desenvolvimento animal. As células germinativas migram para as gônadas,
diferenciando-se em gametas (células sexuais com capacidade de participar da
fecundação, criando um novo indivíduo). A gametogênese, só é concluída quando o
organismo atinge a maturidade. Ao atingir a maturidade, por meio de estímulos
hormonais os gametas são liberados, podendo assim dar início aos processos de
fecundação, garantindo a perpetuação da espécie.
Na
primeira parte da gametogênese, ou seja, no início da meiose os cromossomos das
células germinativas primordiais (célula que originará o gameta feminino ou
masculino) se duplicam. Na etapa seguinte eles se colocam pareados com seus
homólogos longitudinalmente na célula (fig.1).
Fig. 1 – Seta mostra centríolo; (A) Célula germinativa diplóide;
(B e C) Cromossomos duplicados, unidos por centrômero formando cromátides irmãs
e (D) Cromossomos homólogos pareados.
Na fase seguinte, os
cromossomos homólogos pareados separam-se, orientados pelo fuso, assim, os
membros de cada par deslocam-se em direção aos pólos opostos, enquanto o
citoplasma e estrangulado até a divisão total da célula. (Fig. 2).
Fig.2 – Cromossomos dirigem-se para os pólos da célula (A);
estrangulamento do citoplasma (B) e divisão total da célula formando duas
células-filhas com metade do número de cromossomos da célula-mãe, embora
estejam duplicados com as cromátides irmãs ligadas pelo centrômero (C).
Após
o término da primeira divisão meiótica, cada célula filha contêm um membro de
cada par de cromossomos e consequentemente contém número haplóide de
cromossomos. Cada cromossomo, porém, possui ainda estrutura dupla, exceto o
centrômero, que é único, de maneira que a quantidade de DNA em cada célula
filha é igual ao da célula somática normal (2n).
Durante
a segunda divisão meiótica, os cromossomos de estrutura dupla se dividem no
centrômero e cada uma das células filhas recém formadas recebe um cromossomo
simples (uma cromátide irmã de um dos cromossomos homólogos), ou seja, no ser
humano seriam 23 cromossomos simples. A
quantidade de DNA nas células novas é a metade da célula somática normal.
Portanto, a finalidade das duas divisões meióticas ou de maturação é dupla:
possibilita aos membros de um par de cromossomos homólogos trocar partes do
material genético (primeira divisão meiótica); e fornecer a cada célula
germinativa tanto um número haplóide de cromossomos como a metade da quantidade
de DNA de uma célula somática normal (segunda divisão meiótica).
Como
resultado das divisões meióticas, a célula germinativa primordial feminina (no
ser humano), dará origem a quatro células-filhas, cada uma, com 22 cromossomos
e mais um cromossomo X. Apenas uma delas se transforma em um ovócito maduro; as
outras três, os corpúsculos polares, recebem pouco citoplasma e degeneram
durante o processo de desenvolvimento.
A
célula germinativa masculina dá origem a duas células filhas com 22 cromossomos
e mais um cromossomo X e a duas com 22 cromossomos mais um
cromossomo Y (fig. 3).
Fig. 3 – Primeira e Segunda
divisão da gametogênese na fase de maturação: (A) célula germinativa primordial
(ou primitiva) feminina (ovócito primário) produz uma única célula madura, o
ovócito maduro (ou óvulo); (B) a célula germinativa primordial (ou primitiva)
masculina (espermatócito primário) produz quatro espermátides que se
desenvolverão em espermatozóides.
Links:
Artigo Novas Ramificações
Artigo Quando começa a vida
Entrevista - O Enigma da Pluripotência
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