Evolução
do Filo Arthropoda
O registro fóssil dos
artrópodos, data por volta do início do Paleozoico. Os primeiros dados fósseis
de trilobitas, crustáceos e cheliceriformes datam do Cambriano; os miriápodes
apareceram pelo menos no Siluriano, os insetos apterigotas no Devoniano e os insetos
voadores no Carbonífero.
A hipótese da filogenia dos
artrópodos sugere que os artrópodos divergiram recentemente (provavelmente no
Pré Cambriano) em duas linhas: uma na qual na cabeça faltam as “garras”
verdadeiras, e a outra na qual as “garras” (mandíbulas) estão presentes (isto é,
os Mandibulata). A primeira linha, inclui os grupos dos Cheliceriformes e
Trilobitomorpha, é ocasionalmente chamada de “Amandibulata”, “Arachnata”, ou
“Aracnomorpha”. Diferente dos mandibulatas existem menos evidências forçando
que os Cheliceriformes e Trilobitas representem um clado monofilético,
portanto, o “táxon” Amandibulata tem sido raramente usado na classificação
formal. Também pode ter sido no Pré Cambriano que os mandibulatas dividiram-se,
estando hoje reorganizamos como os crustáceos e unirremes.
Dentro de cada um dos
4 maiores clados de artrópodos, os quais reconhecemos nesse texto como subfilo,
numerosos paralelismos e convergências têm aparecido. Devido à extensa idade e
ao tamanho completo do grupo, um alto plano de convergência e paralelismo não é
surpreendente. Por exemplo, a traqueia que respira o ar provavelmente evoluiu
independentemente 4 vezes – nos Onychophoros, nos Arachnida, nos Crustáceos
isópodos terrestres e nos Unirremes. Também os túbulos de Malpighi dos
Tardigratas insetos e aracnídeos cada um aparece para ser derivado de um
sistema diferente (isto é, para não serem homólogos, estruturas convergentes).
Também dentro de cada linha pelo menos alguns grupos sofreram perda de
paralelismo dos olhos compostos laterais. Similarmente, dentro de cada linha
dos olhos compostos primitivos sofreram modificações distintas únicas para cada
subfilo individual. Contudo, o plano fotoreceptivo fundamental dos olhos
facetados laterais e um grupo de olhos medianos simples ocorrem em grupos de artrópodos
fósseis como também em todos os 3 subfilos atuais. De fato, a estrutura básica
dos omatídeos dos mandibulatas é uma forte característica unindo os clados
Unirreme – Crustácea.
A maioria da radiação
evolutiva entre os artrópodos tem centrado na modificação dos apêndices em
tagmosis do corpo. Na verdade, os 4 subfilos de artrópodos são definidos
largamente nessas bases. Nos Unirremes e Crustáceos, a cabeça primitivamente
compreende 5 somitos, cada um com 1 par de apêndices, todos porém com a 1a antena
sendo modificada especialmente como estruturas alimentares em algum estágio da
sua história de vida. Os unirremes primitivos (por exemplo, os miriápodes) são
similares aos crustáceos primitivos (como por exemplo, os remipédios)
apresentando um longo e não derivado tronco de muitos somitos indiferenciados.
De acordo com a “hipótese
mandibulata”, a transição do ancestral aquático semelhante aos crustáceos para
um Unirreme primitivo aquático pode ter ocorrido no final dos mares Pré
Cambriano e início do Paleozoico. Os fósseis de unirremes mais velhos
conhecidos são miriápodes marinhos do Siluriano, e os fósseis de insetos mais
velhos são colêmbolos do Devoniano. Os miriápodes terrestres foram os primeiros
a aparecerem no registro fóssil do Devoniano e representam alguns dos mais
recentes animais conhecidos da terra. Uma teoria razoável da origem dos
uniramia tem como ponto de vista os miriápodes surgindo de um ancestral marinho
bêntico de águas rasas ou litorâneas do Ordoviciano ou Siluriano. O ancestral pode
não ter apresentado uma carapaça, altamente homônimo, talvez uma criatura
semelhante a um remipédio. Recordando que não existe nenhuma evidência de que
os unirremes possuíssem uma carapaça. Os miriápodes desenvolveram um sistema
traqueal aéreo e várias estruturas para a conservação da água (por exemplo,
túbulos de Mapighi) que auxiliavam em evitar a dissecação. A perda dos olhos
compostos nos miriápodes provavelmente ocorreu após a origem dos primeiros
insetos, visto que os miriápodes do Devoniano sempre possuíram olhos facetados.
O plano do corpo 19+2 (19
somitos verdadeiros + o ácron e telson pré e pós-segmental) ocorreu em que
muitas raças sucumbidas (ou desaparecidas) são os miriápodes mais primitivos,
assim como também em muitos remipédios e em crustáceos malascostracos. Uns
poucos especialistas atualmente sugerem que talvez o plano do corpo 19+2 possa
ser o ancestral de todos os “táxons” vivos de artrópodos. Algumas evidências
sugerem que os Cheliceriformes primitivos também podem ter possuído um plano do
corpo de 19+2. Essa hipótese implica que os artrópodos altamente segmentados
(como por exemplo, cefalocaridos, chilópodos e diplópodos) evoluíram
independentemente para um corpo mais alongado com muitos somitos no tronco.
Um exemplo notável da flexibilidade
ontogenética e evolucionária dos artrópodos é visto na natureza em seus
apêndices. As pernas unirremes caracterizam os Cheliceriformes e Uniramia, 2
grupos agora fundamentalmente terrestres em seu habitat, e também em certos
crustáceos (como por exemplo anfípodas e isópodos). Essa condição unirreme
quase certamente surgiu independentemente em pelo menos alguns desses grupos.
Os isópodos, é claro, são notáveis como o único táxon de crustáceo que teve
sucesso em invadir a terra, e os membros unirremes podem ter sido um
pré-requisito para o sucesso dos artrópodos fora do ambiente aquático. É também
interessante notar que o registro fóssil indica a origem coincidente de
Cheliceriformes e unirremes terrestres e a vegetação terrestre em aproximadamente
400 milhões de anos atrás. Na verdade, esse período de transição
Siluriano-Devoniano testemunhou a invasão massiva do mundo terrestre por
plantas altas e todos os tipos de animais.
Introdução
ao Filo Arthopoda
O Filo
Arthropoda (gr, arthron, articulação, + podus, pés) é o
maior e mais abundante filo do reino animal. Os primeiros artrópodos surgiram
nos antigos oceanos Pré-Cambrianos há 60 milhões de anos atrás. Desde este
período eles evoluíram e se tornaram o grupo mais abundante e diverso dos
metazoários na Terra. Eles invadiram com sucesso todos os habitats e exploraram
todos os estilos de vida e estratégias de desenvolvimento imagináveis.
Apresentam ampla variação no tamanho, variando desde diminutos ácaros e
crustáceos com menos de 1mm de comprimento, ao grande caranguejo aranha Japonês
que, com a expansão das pernas excedem os 4m de comprimento. Até o momento,
estima-se que exista por volta de 1 milhão de espécies descritas de artrópodos.
Os
animais incluem as aranhas, insetos, escorpiões, carrapatos, ácaros,
crustáceos, piolhos de cobra, centopeias entre outros. São protostômios
metamerizados e celomados com sistemas e órgãos bem desenvolvidos e
compartilham com os anelídeos a capacidade de possuírem metamerização.
A maioria dos animais é
herbívora podendo também haver carnívoros e onívoros. Os principais alimentos
deles são algas e vegetais. Os animais também sofrem competição com os seres
humanos e alguns podem até mesmo transmitir algumas doenças sérias. São
essenciais para a polinização de muitos vegetais, e alguns produzem materiais
de importância econômica como o mel e a cera de abelha (insetos).
A imensa
diversidade e distribuição dos artrópodes se devem a algumas adaptações; a
presença de um exoesqueleto de quitina com alta capacidade de
proteção e mobilidade com metâmeros semelhantes onde cada um apresenta um par
de apêndices. O fato dos metâmeros se fundirem é chamado de tagmas. O exoesqueleto é
formado pela cutícula que é dividida da seguinte maneira: protocutícula (camada
mais interna e grossa) e epicutícula (mais externa e fina). A protocutícula é
dividida em exocutícula (secretada antes de uma muda) e a endocutícula (secretada
após a muda). Em crustáceos e insetos a cutícula forma invaginações que
são chamadas de apódemas que servem para a inserção de
musculatura e para revestir o trato digestório, traquéia, peças bucais, órgãos
sensoriais, copuladores e também como ornamentação.
Os
artrópodes apresentam uma percepção muito apurada, no qual o sistema
sensorial é caracterizado desde os olhos compostos, tato, olfato,
audição, equilíbrio até a percepção química. Além disso, os apêndices
articulados desses animais possuem cerdas sensoriais que são
utilizadas para manipulação de alimentos, locomoção rápida e natação.
A respiração pode
ser realizada pelos seguintes sistemas: traqueal, pulmões foliáceos, brânquias e
até mesmo por meio da superfície corpórea.
O sistema
muscular é complexo, apresenta músculos estriados para as ações
rápidas e musculatura lisa nos órgãos viscerais.
A maior
parte dos animais possui celoma reduzido, constituído pela hemocele (sangue)
distribuído ao longo do corpo, caracterizando um sistema circulatório
aberto, com coração contrátil dorsal e artérias. O caminho do sangue se dá
da seguinte maneira: sangue sai do coração através das artérias por meio da
hemocele, passa pelos vasos coletores, sinus pericardial, óstio e chega
novamente ao coração.
O sistema
nervoso possui um anel que circula o trato digestivo e uma cadeia nervosa
dupla. O cérebro pode ser dividido em três partes; Protocérebro (nervo
óptico), Deuterocérebro (primeira antena) e Tritocérebro (segunda
antena, intestino e quelícera).
O sistema
digestivo é completo e os apêndices bucais estão adaptados para os
diferentes tipos de alimentação. Enquanto a excreção pode ser realizada pelas
seguintes glândulas excretoras: coxais,antenais ou maxilares e túbulos
de Malpighi.
Os sexos
são separados, os órgãos reprodutores são pareados através de um sistema de
ductos, apresentam fertilização interna podendo ser ovíparo (os
ovos desenvolvem-se no interior da fêmea com auxílio nutricional) ou ovovivíparos (o
ovo se desenvolve dentro do corpo da fêmea, mas sem nutrição adicional) e a
metamorfose pode ocorrer em alguns casos.
Devido à
metamerização dos arthopodas e dos annelidas é
necessário que a comparação desses dois filos para esclarecer as suas
semelhanças e diferenças.
As semelhanças podem
ser esclarecidas através dos seguintes aspectos:
a)
Segmentação externa marcante;
b)
Disposição segmentar de musculatura;
c) Cordão
nervoso ventral com gânglios dispostos metamerizados;
d)
Gânglio cerebral dorsal;
e)
Clivagem em espiral.
A diferenciação está
representada por meio das seguintes características:
a) Número
fixo de segmentos nos adultos;
b) A
ausência de septos intersegmentares, tagmose pronunciada;
c)
Cavidade celomática reduzida e a principal cavidade do corpo é a hemocele;
d)
Sistema circulatório aberto;
e)
Presença de brânquias, traquéias e pulmões foliáceos;
e)
Exoesqueleto de quitina, apêndices articulados, olhos compostos e órgãos
sensoriais bem desenvolvidos;
f)
Ausência de cílios.
Resumo
Geral da Filogenia entre artrópodes e anelídeos:
Os poucos
argumentos de que os anelídeos e os artrópodos são intimamente relacionados,
embora sejam filos antigos (ambos os grupos são provavelmente Pré-Cambrianos em
sua origem). O plano do corpo desses dois filos é mais similar um com o outro
do que com muitos outros grupos de protostômios maiores. As características
formadas do corpo segmentado, com estruturas segmentares pares internas e
externas, são poderosas evidências de sua íntima união ancestral. Além disso,
as homologias são vistas na natureza do cérebro lobado ou regionalizado e seus
conectivos circumentérico, junto com o gânglio subentérico dos quais os pares
de cordão nervoso ventral surgem. Fortes similaridades também são vistas no
padrão de desenvolvimento e crescimento, incluindo a adição dos segmentos do
corpo pelo exato crescimento teloblástico em frente ao pós-segmental pigídeo
(em anelídeos) ou telson (na maioria dos artrópodos).
Os
artrópodos e os anelídeos compartilham um estreito laço evolucionário. Os
artrópodos podem ter evoluído dos anelídeos, ou, mais provavelmente, eles são
grupos intimamente relacionados derivados de um ancestral Pré-Cambriano, de uma
linhagem metamérica.
Resumindo,
o Filo Arthropoda (gr, arthron, articulação, + podus, pés) é o maior e mais
abundante filo do reino animal. Os primeiros artrópodos surgiram nos antigos
oceanos Pré-Cambrianos há 60 milhões de anos.
Desde
este período, eles evoluíram e tornaram-se o grupo mais abundante e diverso dos
metazoários na Terra. Eles invadiram com sucesso todos os habitats e exploraram
todos os estilos de vida e estratégias de desenvolvimento imagináveis.
Apresentam ampla variação no tamanho e variam desde diminutos ácaros e
crustáceos com menos de 1mm de comprimento, até o grande caranguejo-aranha
Japonês que, com a expansão das pernas, excede os 4m de comprimento. Até o
momento, estima-se que exista por volta de 1 milhão de espécies descritas de
artrópodos.
Os
animais incluem as aranhas, insetos, escorpiões, carrapatos, ácaros, crustáceos,
piolhos-de-cobra, centopeias entre outros. São protostômios metamerizados e
celomados, com sistemas e órgãos bem desenvolvidos e compartilham com os
anelídeos a capacidade de possuírem metamerização.
A maioria
dos animais é herbívora, mas também podem haver carnívoros, onívoros,
alimerntam-se principalmente de algas e vegetais. Os animais também sofrem
competição com os seres humanos e alguns podem até mesmo transmitir algumas
doenças. São essenciais para a polinização de muitos vegetais, e alguns
produzem materiais de importância econômica como o mel e a cera de abelha
(insetos).
A imensa
diversidade e distribuição dos artrópodes se deve a algumas adaptações, com a
presença de um exoesqueleto de quitina com alta capacidade de proteção e
mobilidade com metâmeros semelhantes sendo que cada um apresenta um par de
apêndices. O exoesqueleto dos artrópodes precisa crescer e isso faz com que
necessite realizar o processo de muda ou ecdise. Podem mudar de quatro a sete
vezes até chegar à idade adulta. Outros mudam durante toda a sua vida, mas isso
dependerá do tipo de animal.
Estudamos
nessa unidade os Subfilos: Crustácea (camarões, caranguejos etc.), Hexapoda
(insetos), Cheliceriformes (caranguejo-ferradura, aranha, escorpião, etc.), e o
Myriapoda (centopéia).
Artigo: Filo: Arthropoda
Artigo: Filo: Arthropoda
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