Filo Arthropoda III - Subfilo Hexapoda (Insetos)

Temática: Subfilo Hexapoda (Insetos)



Os insetos constituem a maioria dos animais, os besouros, representam a maior classe conhecida. Existe aproximadamente um milhão de espécies descritas. Vivem principalmente no ambiente terrestre.



Os insetos possuem três pares de patas e por isso são denominados "hexápodes". O corpo é dividido em cabeça (par de olhos compostos), tórax e abdome. Os apêndices segmentares são formados por um par de antenas (segundo segmento), e tipicamente por mandíbulas (quarto), por maxilas (quinto) e por maxilas fundidas secundárias (o "lábio"), no sexto e último segmento cefálico. A forma do aparelho bucal varia imensamente. Cada um dos três segmentos torácicos possui um par de patas e em geral existe um par de asas em cada um dos dois segmentos posteriores, o abdome tem de nove a onze segmentos e não possui apêndices (com exceção da genitália ou seus derivados). Eles abrigam os gonóforos, e o trato digestório se abre na extremidade posterior. A excreção, incluindo a regulação de água, ocorre nos túbulos de Malpighi, localizados na junção entre o intestino médio e o posterior. Os gases respiratórios são transportados, entre o ar externo e cada célula do corpo por intermédio de traqueias, tubos ramificados revestidos por cutícula, que se abrem na superfície do corpo em orifícios denominados espiráculos.

No sistema traqueal, através das traquéolas os gases são trocados sobre uma superfície úmida onde água pode evaporar, uma vez que as traquéolas encontram-se bastante distantes da superfície do corpo. Os espiráculos são os únicos locais de perda de água do corpo e são mantidos fechados por intermédio de válvulas durante grande parte do tempo.



Os túbulos de Malpighi e o reto são extremamente eficientes na regulação da perda de água durante a eliminação de excretos metabólicos, na forma de ácido úrico insolúvel. Os túbulos de Malpighi são tubos longos e estreitos que surgem na junção dos intestinos médio e posterior e se estendem até a hemocele, onde são banhados em sangue.



Os insetos são considerados os menores animais voadores e precisam bater as asas para obter uma elevação suficiente. Isto se dá pelo aumento do fluxo de ar sobre as asas, que se movem muito mais rápido que o restante do corpo (a elevação é proporcional ao quadrado da velocidade). As forças que agem sobre uma asa, que repetidamente para e começa a bater para cima e para baixo, são diferentes daquelas exercidas sobre uma asa que se move em velocidade constante. O ar sobre a borda conducente forma um vórtice aderido à superfície superior da asa, que se espiraliza na direção da sua ponta. Este é o principal mecanismo aerodinâmico que permite que os pequenos insetos voem.



As asas dos insetos são elevadas pela contração de músculos dorsoventrais indiretos, que puxam a parte superior do tórax para baixo. Apresentam três modos de batidas de asa no qual envolvem três músculos:

a) Músculos diretos: inseridos na base da asa, que a puxam para baixo. Estes ocorrem nas libélulas, mas são raros em outros insetos.
b) Músculos indiretos: na maioria dos insetos, as mudanças no formato do tórax também movimentam as asas na batida para baixo, através da contração dos músculos ântero-posteriores.
c) Músculos assíncronos: encontrados apenas nos Dípteros, Himenópteros e em alguns besouros e insetos pequenos. Eles são estimulados por estiramento mecânico, geralmente causados por um músculo antagonista.

No controle do voo o ritmo de batimento das asas faz com que o cérebro receba informações sensoriais dos olhos, das antenas e dos mecanorreceptores localizados na base das asas, na cabeça (libélulas) ou nos halteres dos Dípteros, asas posteriores modificadas que batem para cima e para baixo junto com as asas anteriores, onde qualquer assimetria do esforço é detectada pelos receptores na base do haltere. O cérebro recebe e coordena as informações sensoriais e pode mudar o ritmo do voo.

A maioria são dioicos, vivíparos, poucos ovíparos e muitos partenogênicos (homoptera e hymenoptera). O desenvolvimento é direto e indireto. O sistema reprodutor é definido, nas fêmeas (par de ovários) e nos machos (par de testículos). A maioria dos insetos copulam apenas uma vez na vida, com exceção das libélulas que copulam várias vezes por dia.

Durante a vida do inseto ele necessita realizar metamorfoses, principalmente no desenvolvimento embrionário através de mudas (ínstar) para que possam crescer. No entanto, a metamorfose dos insetos pode ser dividida de três formas (dependendo do animal): Ametábolos, Holometábolos e Hemimetábolos.



·    Ametábolos: São representados por poucos insetos como as traças e os colêmbolos, nos quais passam por um desenvolvimento direto. Os jovens são semelhantes aos adultos com exceção do tamanho e da maturação.
·   Hemimetábolo: A metamorfose é gradual: desde a larva (ninfa) até a forma adulta ("imago"). Existem 5 estágios de ninfa e depois transforma-se em adulto (mudas) alado. Os animais que incluem essa metamorfose são: gafanhotos, cigarras, louva a deus e hemípteros terrestres.
·    Holometábolos: Estes sofrem uma "metamorfose completa", com reorganização total do corpo dentro da pupa. Desde o início, a larva contém os rudimentos dos órgãos adultos (os "discos imaginais"). Estes permanecem inativos durante a vida larval; porém, na muda final quando, na ausência do hormônio juvenil, a pupa é formada, os rudimentos do adulto desenvolvem-se e os tecidos larvais são reabsorvidos. As larvas são muito diferentes dos adultos, exibem modos de tomada de alimento distintos e exploram nichos diferentes.

Diapausa

Os estágios de inação (diapausa) durante o ciclo de vida são frequentemente necessários para que o animal possa se sincronizar ao seu ambiente sazonal. Devido às condições ambientais não estarem propícias o inseto entra em dormência, e este fato é determinado geneticamente em cada espécie. A "diapausa" é um período de interrupção do desenvolvimento, caracterizado por um consumo baixo de oxigênio.

Comportamento social
As formigas, abelhas e vespas, dentre os Himenópteros e os cupins, além de viverem em colônias, exibem uma notável divisão de trabalho entre os membros de suas colônias. Em geral, existem poucos indivíduos reprodutores: os himenópteros possuem uma única rainha por colônia e os machos (zangões) morrem depois do voo nupcial, durante o qual a fêmea coleta o esperma que dura pelo resto de sua vida. As operárias (e os soldados, no caso das formigas) são todas fêmeas estéreis. Se dois indivíduos são estreitamente relacionados, a reprodução de qualquer um deles pode ser igualmente vantajosa para a transmissão de um determinado gene. Nos himenópteros, um mecanismo especial torna os operários irmãos ainda mais estreitamente relacionados uns com os outros que com o potencial descendente, aumentando assim a vantagem do seu comportamento social. 

Benefício dos Insetos

O mel, cera de abelhas, usados na alimentação, a seda do bicho-da-seda (roupas), outros são polinizadores de plantas, controlam a população de outros insetos daninhos através da predação ou parasitismo e servem como alimento para aves, peixes e outros animais.

Link: Apis Melífera 

Algumas ordens de insetos:
Ordem Thysanura (Thysan=franja; ura=cauda; referente aos filamentos com cerdas da extremidade do abdome). Ex: traças de livro, insetos ametábolos com corpo achatado dorsoventralmente.
Ordem Odonata (odonata= dentes referentes a mandíbulas). São as libélulas, insetos hemimetábulos.
Ordem Blattodea (blatta= barata). Baratas, insetos hemimetábulos, corpo achatado dorsoventralmente.
Ordem Isoptera (iso=igual; ptera=asas) referem ao fato das asas serem absolutamente iguais. Ex: cupins e insetos hemimetábolos.
Ordem Orthoptera (ortho=retas; ptera=asas). São os gafanhotos, esperanças e grilos, insetos hemimetábolos.
Ordem Phasmida (phasma=fantasma). Bicho-pau. Insetos hemimetábulos.
Ordem Phthiraptera (phthirus=piolho, a= sem ptera=asas) Piolhos, insetos hemimetábulos; ápteros; ectoparasitas de aves e de mamíferos inclusive do ser humano.
Ordem Heteroptera (hetero=heterogêneo; ptera=asas) referente ao fato de as asas anteriores serem hemiélitros. Percevejos-do-mato, barbeiros. Insetos hemimetábulos; asas anteriores transformadas em hélitros.
Ordem Homoptera (Homo=uniforme; ptera=asas). Cigarras, pulgões. Insetos hemimetábulos; asas anteriores membranosas.
Ordem Coleoptera (coleo=estojo; ptera=asas). Besouros, joaninhas, serra-paus e carunchos. Insetos holometábulos. É a ordem com maior número de espécies.
Ordem Hymenoptera (hymen=membrana; ptera=asas). Abelhas, vespas e formigas. Insetos holometábulos.
Ordem Diptera (di=duas; ptera=asas). Moscas e mosquitos, Insetos holometábolos. Asas anteriores membranosas. Muitas espécies são parasitas de vários animais como a mosca-de-berne.
Ordem Siphonaptera (siphon= tubo; a= sem; ptera=asas). Pulgas de bicho-de-pé. Insetos holometábulos; Ectoparasitas de mamíferos como, a pulga do rato.

Ordem Lepdoptera (lepido=escama; ptera= asas). Borboletas e mariposas. Insetos holometábolos; quatro asas membranosas.

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